Quais as melhores práticas de medicina regenerativa? Que oportunidades oferecem estas novas terapias e técnicas? Estas questões foram discutidas por diferentes especialistas em hematologia e engenharia de tecidos no evento "Melhores Práticas em Medicina Regenerativa", a 23 de junho, organizado pelo Instituto de Investigação do Hospital de la Santa Creu i Sant Pau (FIRHSCSP), parceiro do projeto CARDIOPATCH.
O evento fez um balanço das melhores práticas em terapias com células estaminais e regeneração de órgãos e foi uma oportunidade para discutir, com diferentes especialistas, os obstáculos que precisam de ser ultrapassados para implementar estas técnicas no contexto clínico.
O evento começou às 10:00 CET, com uma apresentação sobre terapias com células CAR-T por Javier Briones, investigador do Serviço de Hematologia de Hospital de la Santa Creu i Sant Pau.
Briones discutiu o design e a evolução destas terapias e o processo desde a sua produção até à comercialização final, assim como a eficácia das terapias com células CAR-T no tratamento do linfoma de Hodgkin.
“As células CAR-T induzem uma forte resposta anti-tumoral sistémica contra células de limfoma Hodgkin xenotransplantados”, diz Briones.
De seguida, Gemma Arderiu, investigadora biomédica do Instituto de Investigação do HSCSP, partilhou perspetivas em relação à recolha de células estaminais derivadas do tecido adiposo (ASC) e diferenciação das ASC em células do tecido endotelial através de regulação do microRNA.
"As ASC estimulam a formação de artérias colaterais e a angiogénese após bloqueio da artéria femoral nos membros posteriores do rato", referiu Arderiu depois de explicar o que é a cultura celular - o crescimento de células de um animal ou planta em ambiente artificial e controlado.
Por fim, Nuria Montserrat, líder de grupo no Instituto de Bioengenharia da Catalunha (IBEC), apresentou as promissoras oportunidades do uso de células pluripotentes para a regeneração de órgãos.
A especialista apresentou diferentes estratégias de bioengenharia utilizadas na regeneração de tecidos cardíacos, como a bioimpressão ou a descelularização e apresentou ainda uma linha cronológica com os marcos mais relevantes para o sucesso das terapias celulares. Nuria Montserrat mostrou, por exemplo, os resultados e estratégias que têm sido adotados na iniciativa europeia de medicina regenerativa cardíaca BRAVE.
Este encontro insere-se no programa de atividades concebido pela iniciativa CARDIOPATCH para promover a divulgação científica e partilhar os progressos da investigação com as instituições envolvidas nas áreas da Saúde e da Medicina.
Co-financiado pelo Programa Interreg Sudoe da União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), o projeto CARDIOPATCH (Network of Excellence for the development of Advanced Therapies of Myocardial Infarction treatment based on regenerative medicine and 3D printing) está a investigar novos tratamentos para o enfarte do miocárdio, procurando soluções que melhorem a qualidade de vida dos pacientes.
A iniciativa foca-se no desenvolvimento de um adesivo “inteligente” capaz de regenerar tecido cardíaco lesionado após enfarte do miocárdio. Esta tecnologia encontra-se atualmente em ensaios clínicos de fase I em pacientes com cardiomiopatia isquémica crónica. O projeto irá desenvolver outros dois produtos: um dispositivo 3D de auxílio à implantação do adesivo com recurso a métodos menos invasivos, e um sistema auxiliar para facilitar a produção e transporte do adesivo.
Coordenado pela Clínica Universidad de Navarra (CUN), o projeto junta parceiros de Espanha, França e Portugal. Para além da CUN, o consórcio é composto pela CIMA University of Navarra, via Fundação para a Investigação Médica Aplicada, o centro de tecnologia LEARTIKER, a agência de comunicação GUK, Centre Hospitalier Universitaire de Toulouse, a University of Montpellier (UM) - Institut des Biomolécules Max Mousseron (IBMM), GenIbet Biopharmaceuticals e o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica.
CARDIOPATCH A Rede de Excelência CARDIOPATCH foi criada com o objetivo de promover os sectores da Network born to advance in the field of Medicina Regenerativa Cardíaca e Tecnologia de Impressão 3D
para o tratamento de Enfartes do Miocárdio.
O projeto CARDIOPATCH é co-financiado pelo Programa Interreg Sudoe através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (ERDF).
O projeto CARDIOPATCH é co-financiado pelo Programa Interreg Sudoe através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (ERDF).
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