Os parceiros CARDIOPATCH reuniram-se pela primeira vez presencialmente no dia 21 de outubro em Toulouse (França), após um ano de atividade com encontros virtuais devido à pandemia, para apresentar e discutir os principais progressos no desenvolvimento de uma solução de medicina regenerativa inovadora para o enfarte do miocárdio.
Os membros do consórcio da iniciativa, co-financiada pelo programa Interreg SUDOE, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), discutiram e avaliaram os principais progressos científicos dos diferentes pacotes de trabalho que integram o projeto.
Após uma breve intervenção por Felipe Prosper, coordenador do CARDIOPATCH, em que foi feita uma introdução aos aspetos mais significativos do projeto (missão, valores e estrutura organizacional), os parceiros partilharam os principais progressos no desenvolvimento do modelo terapêutico.
Esta foi uma oportunidade para apresentar os protótipos dos produtos que estão a ser desenvolvidos no âmbito da iniciativa: um adesivo “inteligente”, com recurso a células estaminais, capaz de regenerar tecido cardíaco lesionado após enfarte do miocárdio, um dispositivo 3D de auxílio à implantação do adesivo com recurso a métodos menos invasivos, e um sistema auxiliar para facilitar a produção e transporte do adesivo.
Gemma Arderiu, do IIB Sant Pau, explicou os progressos do primeiro pacote de trabalho do CARDIOPATCH, focado no aumento do potencial terapêutico proangiogénico de células estaminais derivadas do tecido adiposo (ADSC) através do seu pré-condicionamento com hipoxia e regulação do microRNA.
Beatriz Pelacho, coordenadora científica do projeto CARDIOPATCH e investigadora do CIMA, apresentou os próximos passos para a validação da funcionalidade do adesivo. "Vamos determinar o benefício funcional do adesivo num modelo de porco sujeito a enfarte do miocárdio e analisar os mecanismos de ação celular do adesivo", disse Pelacho.
O design preliminar do dispositivo roll up, que penetra no corpo a partir de uma incisão de cerca de 7 cm, foi apresentado por Leartiker. O primeiro modelo foi mostrado a um cardiologista para receber feedback de um especialista. Para além de apresentar o modelo preliminar concebido para este sistema, os parceiros estabeleceram os próximos passos para que o protótipo seja mais ergonómico. "É necessário reportar qual o melhor procedimento cirúrgico para implantar o adesivo e trabalhar nas melhorias deste primeiro protótipo para reduzir a sua dimensão e melhorar a ergonomia", disse Ixone Juaristi, investigadora do Leartiker.
Foi também apresentado o design final do sistema 3D para facilitar a produção e transporte do adesivo, que passará pela fase de testes nos próximos anos do projeto.
Para além dos progressos científicos, foram também descritas na reunião as atividades de comunicação desenvolvidas durante a iniciativa. Foi apresentada a plataforma digital do CARDIOPATCH, as métricas de impacto, o trabalho nas redes sociais e as tarefas de relações públicas.
Representantes do CIMA apresentaram ainda os passos que têm sido dados na promoção de sinergias entre os setores da Saúde e das Tecnologias de Impressão 3D e as atividades que vão ser iniciadas: missões de cooperação regional e entrevistas com as Autoridades Públicas.
A primeira Reunião Anual do Consórcio CARDIOPATCH foi um marco fundamental na curta história do projeto e deu aos parceiros a oportunidade de fortalecer relações e partilhar conhecimentos científicos para um melhor desenvolvimento do modelo terapêutico da iniciativa.
Coordenado pela Clínica Universidad de Navarra (CUN), o projeto junta parceiros de Espanha, França e Portugal: CIMA Universidad de Navarra, via Fundação para a Investigação Médica Aplicada, o centro de tecnologia LEARTIKER, o Institut de Recerca de l’Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, a agência de comunicação GUK, Centre Hospitalier Universitaire de Toulouse, a University of Montpellier (UM) - Institut des Biomolécules Max Mousseron (IBMM), GenIbet Biopharmaceuticals e o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica. O parceiro associado Viscofan esteve também presente no evento.
CARDIOPATCH A Rede de Excelência CARDIOPATCH foi criada com o objetivo de promover os sectores da Network born to advance in the field of Medicina Regenerativa Cardíaca e Tecnologia de Impressão 3D
para o tratamento de Enfartes do Miocárdio.
O projeto CARDIOPATCH é co-financiado pelo Programa Interreg Sudoe através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (ERDF).
O projeto CARDIOPATCH é co-financiado pelo Programa Interreg Sudoe através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (ERDF).
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